Publicado em 06/06/2015 23:37

É tempo de festa junina, e não é mentira!

Chegou um dos meses mais queridinhos dos brasileiros, isso porque é no mês de Junho que comemoramos as tradicionais festas JUNINAS!

Comemorada a décadas em grande parte do mundo, as festas juninas tem como marco muita animação e alegria, com a brincadeira do pau de cebo, correio elegante, diversidade em comidas típicas, queima de foguetes, bandeiras e bandeirolas, imponentes fogueiras, muita dança, e, até mesmo o famoso casamento na roça.

É muito provável que ao menos uma vez você já tenha participado, ou assistido a uma dança de quadrilha. Isso porque anualmente, por força da tradição, no mês de junho as festas juninas são celebradas por todo canto Brasil, principalmente nas escolas, nas famílias e em algumas comunidades religiosas.

Mas diz aí, onde foi que teve início toda essa festança? Qual a origem e a importância desta festa cultural? Historicamente as comemorações do mês de junho tiveram início antes mesmo da conotação religiosa que hoje lhe é atribuída.

Em síntese, no hemisfério norte diversas celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão (os dias 21 ou 22 de Junho marcavam o dia mais longo e a noite mais curta do ano). Ocasião em que, diversos povos da antiguidade organizavam rituais em que pediam fartura nas colheitas.

Já na Idade Média, as comemorações deste mês passaram a ser conhecidas como a festa dos santos populares. Isso porque no mesmo mês, no caso o de junho, comemorava-se o dia de três santos da igreja Católica: Santo Antônio no dia 13, São João no dia 24, e São Pedro no dia 29.

É bem verdade que a partir daí as comemorações foram agregando a cultura e costume de cada região. No Brasil, com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram. E é por isso que hoje as festas juninas unem a celebração dos três santos católicos, e a variedade de alimentação, com pratos preparados com alimentos típicos dos nativos (milho verde, fubá, paçoca etc.).

Apesar de, como já dito, serem comemoradas por todo nosso país, incluindo nosso amado estado de Goiás, as festas juninas tem na região do nordeste, sem nenhuma dúvida, sua maior expressão.

No mês de Junho, todo dia tem festa no nordeste, e por serem tradicionalmente famosas, atraem além dos próprios morados, milhões de turistas que acompanham os festejos, o que movimenta significativamente a economia local, aumentando os lucros e gerando empregos.

A festa tem uma enorme riqueza cultural para o nosso povo, e, por assim ser, tem uma contribuição social relevante. As festividades juninas evidenciam crenças e costumes, expressa a arte e a cultura através das músicas, forró, quadrilha junina, arraial, repentes, comidas com milho, bandeirolas, fogueiras e simpatias.

Há quem peça dinheiro, quem agradeça a chuva que possibilita a abundância da colheita, quem se torna compadre de fogueira, quem faça simpatia para o sonhado casamento sair... Tem de um tudo.

Para cada característica desta famosa e popular festa, existe uma história e um porque, por isso, tomo a liberdade de citar a matéria, “Como surgiu as festas juninas?” disponível no link: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-surgiram-as-festas-juninas. Uma vez que, explicam de forma satisfatória as origens dos marcos mais famosos da festa junina, senão vejamos:

 

“Arraial multicultural

Tradições européias e indígenas se misturam nessas divertidas comemorações

 

Dança à francesa

A quadrilha tem origem francesa, nas contradanças de salão do século 17. Em pares, os dançarinos faziam uma sequencia coreografada de movimentos alegres. O estilo chegou ao Brasil no século 19, trazido pelos nobres portugueses, e foi sendo adaptado até fazer sucesso nas festas juninas;

Recado pela fogueira

A fogueira já estava presente nas celebrações juninas feitas por pagãos e indígenas, mas também ganhou uma explicação cristã: Santa Isabel (mãe de São João Batista) disse à Virgem Maria (mãe de Jesus) que quando São João nascesse acenderia uma fogueira para avisá-la. Maria viu as chamas de longe e foi visitar a criança recém-nascida;

Sons regionais

As músicas juninas variam de uma região para outra. No Nordeste, as composições do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga são as mais famosas. Já no Sudeste, compositores como João de Barro e Adalberto Ribeiro ("Capelinha de Melão") e Lamartine Babo ("Isto é lá com Santo Antônio") fazem sucesso em volta da fogueira;

Abençoadas simpatias

Os três santos homenageados em junho - Santo Antônio, São João Batista e São Pedro - inspiram não só novenas e rezas, como também várias simpatias. Acredita-se, por exemplo, que os balões levam pedidos para São João. Mas Santo Antônio é o mais requisitado, por seu "poder" de casar moças solteiras;

Comilança nativa

A comida típica das festas é quase toda à base de grãos e raízes que nossos índios cultivavam, como milho, amendoim, batata-doce e mandioca. A colonização portuguesa adicionou novos ingredientes e hoje o cardápio ideal tem milho verde, bolo de fubá, pé-de-moleque, quentão, pipoca e outras gostosuras.

Eita que tem muita coisa boa nessa festança toda! Chegou a hora das moças separarem o vestido de chita, pintar o rosto e trançar os cabelos, junto aos seus caipiras usando camisa xadrez, chapéu de palha e botinas. (risos) Seja como for, o tudoin deseja um mês animado e cheio de festança aos nossos leitores.

Redação TUDOIN

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