Publicado em 05/07/2012 07:33

Mal de Alzheimer

Conforme especialistas, certo dia, você tenta ler um livro, mas não consegue entender as palavras. Depois, se perde no próprio bairro. Por fim,  não reconhece mais quem ama. O corpo ainda está lá... mas você se foi.

A doença de Alzheimer foi identificada em 1906 pelo cientista alemão Alois Alzheimer. Hoje, a Organização Mundial da Saúde estima que 18 milhões de pessoas sofrem dessa doença cognitiva; calcula-se que em 2005 esse número chegue a 34 milhões. Isso terá impacto em nossa sociedade. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ), há no país cerca de 1 milhão e 20 mil pessoas com a doença.

Para quem pertence a grupos de riscos, já sofre da doença ou cuida de um paciente, eis informações e conselhos que ajudam a prevenir retardar e lidar com a doença de Alzheimer, além de notícias sobre tratamentos disponíveis, agora e no futuro.

Como saber que é Alzheimer?

Às vezes todos temos dificuldades de lembrar o título de um filme antigo ou o nome de um conhecido. Mas os primeiros sintomas da doença de Alzheimer são mais graves do que apenas lapsos de memória ocasionais.

Segundo o doutor Márcio Fernando Borges, geriatra e editor de conteúdo do portal Cuidar de Idosos, o nível de atenção no idoso é mais baixo e a capacidade de memorização é reduzida, mas isso, em um indivíduo saudável, não altera a capacidade de ele realizar as sua atividades diárias.

Quem tem Alzheimer em estágio inicial não consegue realizar as atividades que sempre fez, como contar dinheiro para comprar algo ou pagar as contas. O olfato costuma diminuir antes que a doença fique visível. Ou seu surgimento pode fazer a pessoa suspeitar repentinamente daqueles em quem confia.

Se você ou alguém com quem você se preocupa apresenta esses sintomas, procure o médico. Em geral, ele fará um teste cognitivo padrão para verificar a memória. Se o paciente achar o teste difícil, é provável que o médico peça mais exames, entre eles uma tomografia do cérebro.

Embora ainda não seja muito usado, o exame do líquido cefalorraquidiano é considerado um dos indicadores mais precisos da doença. Ele mede o nível das proteínas envolvidas na doença e, quando combinado à tomografia do cérebro, permite um diagnóstico com 85% ou 90% de exatidão, como explica o Dr. Kaj Blennow.

Tratando os sintomas

Quando alguém recebe o diagnóstico da doença de Alzheimer, há vários medicamentos para tratar os sintomas, como Aricept e Exelon, Rivastigmina, Donepezil e Galantamina, chamados anticolinesterásicos por elevarem a quantidade de acetilcolina cerebral, também são remédios já aprovados para a doença de Alzheimer.

Vários especialistas afirmam que esses remédios podem melhorar temporariamente os sintomas de memória e raciocínio, mas talvez não funcionem com todo mundo. (Liana Fernandes)

Notícia publicada no Jornal O Goianão ano 33, n. 480 página 8.

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