Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara
A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara volta a analisar em agosto o projeto de lei que cria novas regras para o setor de televisão por assinatura e permite a entrada das operadoras de telefonia nesse mercado (PL 29/07).
TECNOLOGIA
Comissão retoma debate sobre TV paga em agosto sem acordo
 Agência Câmara
A  Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara volta a analisar em agosto o  projeto de lei que cria novas regras para o setor de televisão por  assinatura e permite a entrada das operadoras de telefonia nesse mercado  (PL 29/07). A falta de acordo em torno da proposta impediu sua votação  antes do recesso parlamentar. A maior polêmica foi provocada pela  obrigatoriedade de cotas de programação nacional, proposta pelo relator,  deputado Jorge Bittar (PT-RJ). Ele já fez diversas alterações em seu  parecer e apresentou um novo substitutivo dias antes da última reunião  da comissão.
Bittar reconhece que os deputados precisam de mais  tempo para analisar o novo texto. "Nós fizemos alguns ajustes, sobretudo  no capítulo 5, que trata das cotas. Ajustes, a meu ver, para melhor,  pois tornarão o mercado de produção audiovisual brasileiro mais  competitivo, diante dos problemas claros que existem para que grupos  nacionais produtores de audiovisual também possam participar desse  mercado. No entanto, diversos deputados, inclusive a liderança do PMDB e  de outros partidos, nos solicitaram mais tempo para examinar a fundo  essa questão. Achei perfeitamente plausível essa solicitação."
Cotas
Pela  proposta de Bittar, todos os canais pagos deverão exibir conteúdos  brasileiros por três horas e meia por semana, no horário nobre, sendo  metade dessa programação produzida por empresa brasileira independente.  Além disso, 30% dos canais oferecidos no pacote devem ser programados  por programadora brasileira e veicular, no mínimo, oito horas diárias de  conteúdo brasileiro, sendo duas horas no horário nobre, metade das  quais produzida por produtora brasileira independente.
A idéia é  incentivar tanto a produção de conteúdo nacional como o mercado de  produtoras independentes. As mudanças, no entanto, não agradaram grande  parte dos integrantes da comissão. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ)  sugeriu que o projeto fosse fatiado. O substitutivo de Bittar trata da  entrada das teles no setor de televisão por assinatura e da definição de  cotas para a programação nacional. A idéia de Teixeira é retirar da  proposta a questão das cotas, o que facilitaria a votação dos demais  pontos.
"Eu gostaria, diante da complexidade da matéria, de fazer  cumprir a lei complementar 95/98 e desdobrar esse projeto. A lei  complementar 95 impede o tratamento de matérias diversas no mesmo  projeto. Bom, sempre se poderá dizer que há conexão entre as matérias.  Não há. Não há conexão entre o artigo 86 da Lei Geral de  Telecomunicações e as cotas. Então há um violento ataque ao disposto na  lei complementar 95. De que maneira se corrige? Eu gostaria de separar  em [dois] projetos."
O deputado Jorge Bittar, no entanto, não  aceita retirar as cotas da proposta. Seu substitutivo já recebeu 145  emendas. Muitas delas propõem a exclusão das cotas. Essas emendas  poderão ser votadas em separado, na forma de destaque, quando o projeto  for a voto.
Fonte: Jornal O Popular
 
        
 
                 
                 
               
        	
         
                    	 
                    	 
             		 
                 
                 
            
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