SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA

O mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor da febre amarela urbana. A transmissão se dá por meio da picada de mosquitos infectados. Não há transmissão de pessoa a pessoa. Já no caso da febre amarela silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os dos gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina.

       A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida por vetores, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos (silvestre e urbano). Reveste-se da maior importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas. O agente etiológico, o vírus RNA – vírus da febre amarela –, arbovírus pertencente ao gênero Flavivírus, família Flaviviridae. Na febre amarela urbana (FAU) o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica. Já no caso da silvestre (FAS) os primatas não-humanos (macacos) são os principais hospedeiros do vírus amarílico, sendo o homem um hospedeiro acidental.Transmissão – O mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor da febre amarela urbana. A transmissão se dá por meio da picada de mosquitos infectados. Não há transmissão de pessoa a pessoa. Já no caso da febre amarela silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os dos gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. No Brasil, a espécie Haemagogus janthinomys é a que se destaca na transmissão do vírus. Devido à persistência do vírus em seu organismo por tempo mais longo do que nos macacos, os mosquitos seriam os verdadeiros reservatórios, além de vetores.

       O período de incubação da doença é de três a seis dias após a picada do mosquito infectado. O período de transmissibilidade – a viremia humana – dura no máximo uma semana, e vai desde 24 horas antes do aparecimento dos sintomas até três a cinco dias após o início da doença, período em que o homem pode infectar os mosquitos transmissores. Uma vez infectado, o Aedes aegypti pode transmitir o vírus amarílico durante toda a sua vida. Manifestações clínicas – O quadro clínico típico é caracterizado por manifestações de insuficiência hepática e renal, tendo em geral apresentação bifásica. A fase inicial é o período prodômico, caracterizado por infecção que dura cerca de três dias, tem início súbito e sintomas gerais como calafrios, cefalalgia (dores de cabeça), lombalgia (dores nas costas), mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos. O segundo período é o toxêmico – caracterizado pelo reaparecimento de febre, diarréia e vômitos com aspecto de borra de café –, que surge após uma aparente remissão da doença, que é o declínio da temperatura e a diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no paciente.        Em muitos casos, após a fase toxêmica, a doença evolui para óbito em aproximadamente uma semana.  Diagnóstico e tratamento – As formas leve e moderada da febre amarela são de difícil diagnóstico diferencial, pois podem ser confundidas com outras doenças infecciosas que atingem o sistema respiratório, digestivo e urinário. As formas graves, com quadro clínico clássico ou fulminante, devem ser diferenciadas de malárias por Plasmodium falciparum, leptospirose, além de formas fulminantes de hepatites. Devem ser lembradas, ainda, as febres hemorrágicas de etiologia viral, como dengue hemorrágico e septicemias. Já o diagnóstico laboratorial é feito mediante o isolamento do vírus amarílico em amostras de sangue ou de tecido hepático, por detecção de antígeno em tecido e por sorologia.

       Não existe tratamento específico para a febre amarela. É apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sangüíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa unidade de terapia intensiva, o que reduz as complicações e a letalidade. Em caso de confirmação da doença, o paciente deve ser imediatamente hospitalizado. A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde alerta que a ocorrência de casos suspeitos de febre amarela requer imediata notificação e investigação por se tratar de uma doença grave. Portanto, logo que se tenha conhecimento da suspeita de casos, deve-se organizar um bloqueio vacinal nas áreas onde o paciente esteve no período da viremia, privilegiando as populações expostas ao risco de transmissão, não sendo necessário aguardar resultados de exames laboratoriais para a confirmação dos casos suspeitos.        O MS alerta que um caso pode significar a existência de um surto, o que impõe a adoção imediata de medidas de controle. Por ser uma doença de notificação compulsória internacional, todo caso suspeito deve ser posteriormente comunicado (por fax, telefone ou e-mail) às autoridades sanitárias superiores.

Os municípios onde foram notificados os óbitos são:   Abadia de Goiás Anápolis Aparecida de Goiânia Brazabrantes Bela Vista Caldazinha Castelândia Divinópolis Doverlândia Faina Fazenda Nova Gameleira Goianira Goiânia Goiás Heitoraí Hidrolândia Inhumas Itapuranga Jataí Montes Claros Novo Brasil Palestina de Goiás Paraúna Piranhas São Miguel do Passa Quatro Silvânia Vianópolis

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