2007: Crescimento e Queda
Confesso que fiquei surpreso com o ¨espetáculo¨ da quase queda populacional em Inhumas
2007: Crescimento e Queda Combinam?
Confesso que fiquei surpreso com o ¨espetáculo¨ da quase queda da população em Inhumas. Nosso crescimento populacional tem padrão praticamente negativo! Custo acreditar nos dados da contagem da população feita pelo IBGE. Segundo o instituto, éramos 43.897 em 2000 e em 2007, 44.983 - sem contar que a estimativa de 2006 dizia que éramos 47.984-. Desculpem-me os adeptos, mas os computadores de mão dos recenseadores viviam pifando. Inclusive aqui em casa. Quem sabe o que acontecia com os números anteriormente coletados? Penso que sumiam no espaço entre as residências onde não foram captados dados. Talvez. O fato é que foi constatada queda no número de habitantes.
Inversamente proporcional, o crescimento do comércio foi evidente. Devemos ser a cidade com mais lojas de eletrodomésticos do país por habitante. Antemão, peço desculpas pela merchandising editorial forçada, mas temos Casas Bahia, Ricardo Eletro, Eletrosom, Nosso Lar, Casa Verde, Móveis Brasil, Franco Eletro, Novo Mundo... As lojas educacionais também somam grande número. Zênite, Monsenhor, Trevisan, Oly, Einstein, Rei Leão, Moriá, Amor Perfeito, Carrossel, Mônica, Balão Mágico. Já temos uma unidade da Microlins (aquela empresa que passa no Gugu). Ganhamos até mais motéis - uma incitação à luxúria -.
A área da comunicação também se expandiu. Já foi criada uma considerável soma de sites falando sobre nossa cidade, começando por este, o TudoIN. Temos agora, além do Jornal Goianão, um Jornal Mercadão que a gente vê nas ruas e, além da antiga rádio Jornal AM, consolida-se a nossa Educativa FM. Isso apesar da praga poluidora dos carros de som também ter andado se reproduzindo pragmaticamente.
O poder público investiu também. Temos três universidades, descontadas as via satélite. Até uma federal! Quanto à infra-estrutura, temos sinaleiros - com direito a fila e gente furando -; temos muito mais motos - a polícia anda pegando na rede -; temos um urubu que lembra uma inhuma na entrada da cidade. Estamos edificando um Tribunal de Justiça.
O setor imobiliário não se lamenta pela afirmada perda de habitantes. Apesar de termos somente 3 edifícios com mais de 6 andares, muitas reformas foram feitas, loteamentos vendidos, casas construídas e até um condomínio horizontal começou a ser instalado. Está difícil achar um pedreiro sem trabalho. As oportunidades de emprego estão crescendo. Além da multidão de vendedores que abastece nossas lojas (vide ¨O caos do atendimento¨), a indústria de alimentos COTRIL contratou vários. É, atraímos investimentos. Como respeito os rumores do povo, desde quando vi de pé as Casas Bahia, conto que o Carrefour também planeja se instalar na cidade. Vai competir com os Mini Box - que viraram Big Box -, com o 3 Poderes, Alô Inhumas, Feirão 1,2,3,... (perdi a conta), Bela Vista, Neto e mais umas dezenas espalhados por aí. Só não temos casa noturna que pare aberta, cinema, nem shopping. Pena. Mas temos camelódromo. Bem ageitadinho por sinal!
Temos muita coisa. Logo, precisamos de pessoas pra consumir tanto. Mas tem cada vez menos gente segundo o IBGE. Como vive e respira (ignorem a fuligem) a economia local com cada vez menos gente? Apesar de cada vez mais jovens grávidas e idosos circulando por aí, temos menos gente! Expliquem os estatísticos, economistas e cientistas sociais como isso pode ser possível, pois ainda não entendi bem, assim como à parte dos pitacos que apostavam já ter a goiabeira pelo menos 60 mil moradores. Não me atrevo a dizer que diminuíram propositalmente o número dos residentes de Inhumas por causa de recursos ou coisa parecida. Não que me atreva também a descartar essa hipótese.
O Censos 2007, para muitos, indubitável, aspira ser duvidoso e impreciso. Segundo ele, a cidade ganhou apenas 1086 moradores em 7 anos. Como é possível crer que temos mais imóveis e menos gente? Mais comércio e menos consumidores? Mais ação pública e menos eleitores? Pelo menos acreditar não é possível. Ficou desconfiança no ar, mas algo sumiu mesmo: ou os dados, ou o povo inhumense.

Emerson Fraga
Estudante do 3º ano do ensino médio do Colégio OLY.Colunista e colaborador do Jornal Mercadão, da seção de cultura do site TUDOIN e do site litetrário Garganta da Serpente. Soma 26 prêmios artísticos, científicos e literários. 1º e 2º Lugar no III Concurso Nacional de Conto de Cordeiro (RJ)/Troféu Lygia Fagundes Telles. "Medalha de Ouro" pelo 1º Lugar Juvenil no III Concurso de Poesias "Letras do Divino", em Itanhaém-SP. "Medalha de Prata" pelo II Concurso Gente Miúda de Conto - Medalha Monteiro Lobato, promovido pela Academia PanAmericana de Letras e Artes. 1º Lugar Juvenil do VI Concurso Kelps de Poesia Falada (2007). Selecionado para antologia do IV Concurso Nacional de Literatura de Caçu nas categorias conto e poesia. Campeão da XXXI SACEM em conto, crônica e fábula. Premiado no Concurso Literário Internacional - Prêmio Cidade de Conselheiro Lafaeite (MG) na categoria crônica. Vencedor do concurso de texto e imagem ambiental "Minha Cidade é Meu Planeta", promovido pela Revista Época e British Council. Vencedor nacional de texto na 4ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente. Delegado brasileiro no Fórum Internacional Estudantil 2007, em Londres.
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