Inhumas Sucumbe
A velha Goiabeiras se aterra diante do progresso... Literalmente regresso.
A velha Goiabeiras se aterra diante do progresso... Literalmente regresso.
A Avenida Radial Norte (situada entre os setores Solar Parque e Amélio Alves), desassossega seus transeuntes e moradores em dias chuvosos, ou tempestades típicas de verão. As lojas ali situadas são invadidas por uma enorme quantidade de enxurrada, lixo e lama. Águas fétidas misturadas ao lixo que o serviço de limpeza pública ainda não consegue recolher com sucesso.
Esta é uma cidade de população urbana oficial (de acordo com o último censo do IBGE), beirando os quarenta mil habitantes. Uma população que produz lixo a cada segundo do dia, e a coleta do mesmo é feita em cada setor apenas três dias por semana.
No último inverno, até as motocicletas ficaram impossibilitadas de atravessarem o leito da avenida. O descaso político é total!
Defronte a Prefeitura Municipal de Inhumas, está situada uma praça, mais conhecida como a "pracinha da maconha". Ali rola praticamente tudo que é abominável aos olhos da sociedade digna da cidade. Em evidência, o uso de drogas e a prostituição. Quase diariamente, a partir das três horas da tarde as personagens do "mundo dos sonhos" reúnem-se em busca dos prazeres doentios. Uma miscigenação... Crianças, adolescentes, jovens e adultos de ambos os sexos.
Como não bastasse, há uma pista de skate ao lado, tornando-se um forte álibi para que tudo aconteça sem a intervenção de ninguém.
Como seria trabalhar na prefeitura inalando o odor da droga que certamente entra pelas janelas? Um funcionário confidenciou que há dias em que o cheiro forte da droga, torna-se insuportável!
Estamos vivendo a síndrome do medo, como se habitássemos uma terra sem lei.
Os semáforos instalados no Setor Central deram um esmerado ar à cidade, todavia o trânsito ainda continua sendo um dos piores do estado. Abarrotado de condutores sem CNH. E o mais perigoso: Inúmeras crianças dirigindo carros e motos.
Em repulsa ao trânsito local, meu falecido pai dizia: "Isto aqui é terra de índio"!
Ainda há veículos de tração animal circulando pelo Centro. Tomara os animais de quatro patas se identifiquem com os semáforos, pois em se tratando da maior parte dos motoristas daqui, isso é um aprendizado remoto.
O comércio de Inhumas vem sofrendo duras críticas, tendo como principal, o péssimo atendimento. Algumas drogarias batem recorde no desleixo em relação à clientela.
Balconistas com ares de executivos e má formação profissional, chegam a ponto de intimidar o cliente. Funcionários metidos a proprietários, leigos em Relações Públicas, maculam a categoria.
Algumas lojas de eletroeletrônicos não ficam distantes. Percebe-se no semblante dos vendedores o firme propósito em visarem apenas suas comissões. Desmotivados, tentam empurrar mercadorias sem qualidades, e alguns até ousam efetuar a venda de "mercadorias casadas", prática proibida pelo Procon.
Esta é Inhumas. Você conhece?

Ivan Zarur
Inspirado pelas suas professoras, aventurou-se no mundo da Literatura aos sete anos de idade. Seus primeiros trabalhos publicados foram em forma de cordel: "O Velho Ricardino" e "Não conseguiu e para o Céu subiu". Com "Mundo e Mudanças" venceu o Festival dos Campeões de Itaberaí-Go.Publicou vários trabalhos na revista Diadema Real, da Editora Cristã Evangélica do Brasil, entre eles, "Transformação", "Coisas da vida", "Mãe" e "Pastor Amado". Minha BIOGRAFIA completa, bem como outras de minhas obras estão disponíveis no meu site: www.zarur.no.comunidades.net
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