Entre as mortes por causas externas, os acidentes de trânsito ocupam o segundo lugar no Brasil. Em 2006, segundo o Ministério da Saúde, foram 35.155 mortes e as maiores vítimas foram os homens (82%), adultos e jovens (de 20 a 59 anos) e residentes em municípios de pequeno porte populacional.

Consta que a explicação para isso é a maior exposição do homem no trânsito. Quanto ao aumento dos acidentes nas menores cidades, uma das causas pode estar no crescimento da frota, incompatível com a ampliação da estrutura viável.

De acordo ao comentário dos dados, nos acidentes de trânsito não é justo responsabilizar somente o indivíduo. Há fatores de risco preponderantes, como a alta velocidade, falta de uso de equipamentos de segurança, consumo de álcool pelos condutores. Mas há também má qualidade das vias públicas e sinalização inadequada, aumento da frota, principalmente de motocicletas, por exemplo.

Conforme estudo divulgado pelo Ministério da Saúde, as Regiões Centro-Oeste e Sul apresentam os maiores riscos de mortes por acidentes de trânsito, que tiveram uma redução a partir de 1998, ano de implantação do Código de Trânsito Brasileiro, mas voltaram a aumentar após o ano 2000.

PEDESTRES

Em todo o País, os atropelamentos de pedestres lideram a lista de óbitos por acidentes de trânsito, com 27,9% dos casos. Em segundo lugar entre as vítimas estão os ocupantes de automóveis  (21%) e os motociclistas (19,8%). As crianças e os idosos com mais de 60 anos são as maiores vítimas dos atropelamentos. A taxa média de atropelamento nessas faixas  etárias é de 15,7 por 100 mil, quase e dobro dos atropelamentos na faixa de 40 a 59 anos, que é de 8,3 por 100 mil.