Além do preconceito
Ainda que em menor escala, o avanço da idade sempre foi um fator de risco no mercado de trabalho...
Ainda que em menor escala, o avanço da idade sempre foi um fator de risco no mercado de trabalho. Os aumentos de longevidade e da qualidade de vida da população não foram acompanhados de uma mudança de mentalidade da maioria das empresas. Para isso, ainda hoje, após os 40 anos fica muito mais complicado conseguir uma boa colocação - um emprego fixo, com carteira assinada, benefícios e, principalmente, boa remuneração.
Nem tudo, porém, está perdido, A Pesquisa Mensal de Emprego (PMP) do IBGE mostra que, entre 2002 e 2006, o número de ocupados na faixa etária a partir dos 50 anos cresceu 33. O preconceito não é desprovido de razões lógicas. A principal causa de discriminação é o custo do profissional, que chega a ser 32,1 superior do que alguém em uma faixa etária menor.
Em outros termos, profissionais mais velhos que não chegam a níveis elevados de chefia se tornam excessivamente onerosos para as empresas. Ainda segundo pesquisas, a idade média para atingir um cargo de diretoria é de 38 anos, o que significa que os executivos não promovidos à direção até os 45 anos de idade têm grandes chances de perder o emprego.
Muitas empresas, porém, ainda valorizam a experiência e a capacidade de profissionais com este perfil. Pesquisa indica que, em média, 8,12 dos contratados em 2006 tinham idade superior a 40 anos. A maior parte dos ocupados era nas áreas de serviços, recursos humanos, informática, hospitais e faculdades. Quem não consegue emprego devido à exigência de uma boa remuneração, busca alternativas como consultoria ou ensino ou acaba como empresário.
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