Publicado em 08/05/2008 09:48

Curiosidades

Jornalistas prevêem domínio de internet e redações multimídia. A maior parte dos diretores de veículos de comunicação considera que a leitura de notícias na internet dominará o futuro e que as redações dos jornais serão multimídia.


Curiosidades

Jornalistas prevêem domínio de internet e redações multimídia

A maior parte dos diretores de veículos de comunicação considera que a leitura de notícias na internet dominará o futuro e que as redações dos jornais serão multimídia. Isso é o que concluiu o "Newsroom Barometer", uma pesquisa feita pela internet entre diretores de jornais organizada pelas empresas World Editors Forum, Zogby International e Reuters com a ajuda de entidades de jornalistas e editores como a Associação Interamericana de Imprensa e a Associação Nacional de Jornais (ANJ). Cerca de 56% dos diretores consultados dizem acreditar que a maioria das notícias será gratuitas no futuro, enquanto 33% afirmam que continuarão sendo pagas.

Além disso, 44% estimam que a internet será a plataforma de referência para as notícias no futuro, enquanto 31% acreditam que a imprensa escrita continuará tendo força.
No total, 63% acham que os formatos mais difundidos serão os digitais, já que aos 44% que apostam no predomínio da internet deve-se somar os que acreditam na telefonia celular (12%) e no chamado papel eletrônico (7%). Questionados sobre em que gostariam de empregar os recursos para melhorar a qualidade editorial, 35% responderam que em formar seus jornalistas nos novos meios e 31% em contratar novos jornalistas para produzir mais coberturas de qualidade.

Para os diretores de jornais que viram serem reduzidas suas equipes, a prioridade (50%) é contratar mais jornalistas, reconhecendo a necessidade de formar os já disponíveis nos novos meios (31%). Uma esmagadora maioria - 86% em geral e até 95% na América do Norte - afirma em diferente grau de convicção que a redação integrada ou multimídia será a regra em um prazo de cinco anos e apenas 3% não acreditam que isso ocorrerá.

Quando perguntados sobre se dentro de cinco anos os jornalistas serão capazes de produzir conteúdo para todas as plataformas, 83% dizem que sim, enquanto só 15% não compartilham dessa opinião.
Como no caso anterior, os diretores americanos são, com 91%, os que mais acreditam no jornalismo multimídia, frente a 83% dos europeus ocidentais e 70% dos asiáticos. Dos entrevistados, 53% dizem dispor de uma redação integrada e o percentual não varia muito nas regiões do mundo: 68% na América do Norte, 59% na Europa Ocidental, 34% na Ásia e 37,5% na África e no Oriente Médio. Sobre quando esperam ter uma redação integrada, caso ainda não tenham, 39% acreditavam dispor de uma em dois anos, 30% em cinco, 11% em dez e 20% não sabem. Além disso, 43% dos consultados consideram "provável" que no futuro se externem algumas funções editoriais tradicionais, apesar da resistência das redações, e 22% consideram isso "muito provável".

Curiosamente, os diretores europeus e americanos são menos abertos a essa possibilidade que russos, africanos e asiáticos. Segundo os autores do relatório, o chamado "outsourcing" (mão-de-obra terceirizada) poderia afetar a qualidade editorial. Cerca de 67% -76% na Europa e apenas 50% nos Estados Unidos- afirmam que as páginas de análise e opinião aumentarão no futuro, enquanto 23% acreditam que continuarão iguais e 9%, que diminuirão. Questionados sobre as duas maiores ameaças para o futuro dos jornais, 58% citam a queda do número de leitores jovens, enquanto 38% mencionam internet e os meios digitais. Outras ameaças mencionadas são a falta de inovação editorial (36%) e a ausência de investimentos (29%).

No que se refere à liberdade editorial do veículo onde trabalham, 22% acreditam que a principal ameaça vem dos anunciantes; 19%, das pressões políticas, e 20%, dos acionistas. Apesar disso, 45% se mostram confiantes de que nos próximos dez anos a qualidade do jornalismo melhorará, frente a 28% que opinam o contrário e 22% que acham que não mudará. 


Fonte: EFE
Fonte: Diário da Manhã
(dm) on-line.

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