Publicado em 26/10/2015 11:53

Disputa entre Uni-Anhanguera e Prefeitura de Inhumas

Bolsistas correm o risco de perder bolsa integral em decorrência de impasse com o governo municipal.

Alunos bolsistas da faculdade Uni-Anhanguera da cidade de Inhumas correm risco de perder o beneficio de bolsa de estudo integral por conta de impasse entre a instituição e prefeitura do município. De acordo com diretor do Centro de Ajuda Dirigido ao Estudante (CADE), Marcus Camilo Roque acordo firmado entre a faculdade e a prefeitura foi desfeito na gestão do atual prefeito.

A faculdade, explica Marcus, teria firmado em 2008 acordo escrito e decretado Lei juntamente com a câmara de vereadores e a prefeitura de Inhumas a qual estipulava que 50% de uma área, no município, ficaria para a faculdade e os outros 50% para uso da prefeitura em um Polo Agroindustrial.

“Esse acordo regia que ao usar esta área a faculdade em contra partida forneceria bolsas para os moradores de inhumas no curso de Agronomia, bolsas que seria equivalente a 5% do numero de matriculas abertas no semestre, resultando em torno de 26 bolsistas”, informa Marcus.

Mas, ele acrescenta que nas eleições de 2012 foi eleito um novo prefeito o qual seria contra o Campus da faculdade. “Com total má fé ele elaborou um novo projeto para que usassem a área total para a construção de um Polo industrial”. Marcus acredita que o prefeito teria “lesando” os vereadores que sem saber do antigo projeto assinaram o “atual”.

“Hoje no campus já destruíram quase tudo, inclusive projetos de pesquisas dos alunos que tinham mais de cinco anos, hortaliças e outras benfeitorias feitas pela universidade e os alunos. Caso o prefeito não libere o uso do campus e pare com a destruição não caberá outra alternativa a universidade á não ser cancelar a bolsa dos 26 alunos, o que não é interesse da instituição”, declara.

Marcus conta que a faculdade procurou diversas vezes o atual prefeito Dioji Ykeda (PDT) o qual teria se negado se pronunciar desmarcando diversas vezes as reuniões. “Na terça-feira (20) houve uma reunião com os vereadores que se manifestaram lesados e a maioria decretou total apoio aos alunos que poderão perder as bolsas de estudos, bolsas que são integrais no valor de mais de R$ 1.200” diz.

Posicionamento do prefeito

O prefeito de Inhumas, Dioji Ikeda (PDT) confirmou que de fato existe um convênio entre a faculdade e a prefeitura firmado em 2008 com duração de dez anos o qual vencerá em 2018. Esclarece que a área corresponde a 12 alqueires e faculdade utiliza aproximadamente 6 alqueires.

O prefeito admite que, realmente, foi criado na área um distrito industrial que vai absorver doze empresas que vão se instalar com investimento de aproximadamente 60 milhões de reais que vai gerar em torno de três mil empregos. Mas assegura que o convênio com a faculdade não foi rompido.

“Nós disponibilizamos outra área para a faculdade, extremamente valorizada às margens da GO 070, para que eles possam fazer seus experimentos. Então não houve rompimento de contrato, não fui notificado de nada e convenio encontra se vigente. Os alunos bolsistas têm o direito adquirido até porque a própria faculdade reconheceu isso documentalmente” afirma.

Ele garante que em nenhum momento foram tomadas decisões as quais pudessem prejudicar os estudantes. No entanto em nome do progresso da cidade foi necessário deslocar a instituição da área acordada anteriormente.

“Não tem nenhuma ação no sentido de prejudicar nenhum tipo de aluno, o que nós não podemos perder é a oportunidade de desenvolver o município do ponto de vista industrial, empresarial, ainda mais em um momento de recessão econômica em que se tem a oportunidade de gerar três mil empregos diretos é uma oportunidade impar. Lógico que, de modo algum, sem prejudicar a educação”, esclarece.

Com informações do Jornal Diário da Manhã / POR Aparecida Andrade / 23/10/2015 às 21:39 PM

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