Publicado em 03/02/2009 04:53

Imprudência desenfreada

A falta de atenção, as ultrapassagens arriscadas e o excesso de velocidade, continuam causando acidentes e mortes nas rodovias e no perímetro urbano. Caso grave, por exemplo, dia 26 de dezembro, na GO-070, em Inhumas

A falta de atenção, as ultrapassagens arriscadas e o excesso de velocidade, continuam causando acidentes e mortes nas rodovias e no perímetro urbano. Caso grave, por exemplo, dia 26 de dezembro, na GO-070, em Inhumas. Uma colisão frontal entre o Fiat Tempra placa GNT-5660, de Abre Camargo (MG) e o Mercedes-Benz  placa HOM-7034, de Inhumas, carregado de brita, causou a morte de duas pessoas e a interdição parcial da rodovia durante cerca de três horas.


Conforme informações do Batalhão Rodoviário da PM, o Tempra trefegava rumo a Goiânia e o caminhão, em sentido contrário. Próximo ao quilômetro 33 da rodovia, o condutor do Tempra  em alta velocidade invadiu a contramão e bateu de frente no Mercedes-Benz. O impacto foi tão forte que destruiu totalmente o Tempra. Os dois ocupantes do automóvel ficaram presos às ferragens.
Parece até que entre tantos dissabores por aí, nossa geração está voltando aquele tempo em que os homens tinham de morrer no campo de batalha, lutando. A maioria, na flor da idade. As estradas, os perímetros urbanos, que tanto nos podem mostar, estão sendo usados para mostrar a outra fase da vida. O cidadão trafega sem saber  se vai encontrar pela frente um guerrilheiro que luta pela causa da pressa, sempre com velocidade superior à aconselhada.


Encontra tipos que defendem a honra: homem que é homem vai sempre pela esquerda e não dá passagem para ninguém. Outros estão batalhando pela imprudência: na estrada eles desafiam a morte, alimentam-se em excesso, pedem reforço e tranqüilizantes excitantes. Fica a suspeita de motoristas alcoolizados. Mas, ainda que não esteja sob o domínio de bebida alcóolica, caracteriza-se extrema imprudência.Você pode não ser um desses tipos, mas deve cruzar com eles. E então sente que a sua família está em muitas mãos nem sempre as mais aconselháveis.


A menos que você ajude a criar no Brasil uma consciência de que é do esforço isolado que se constrói um esforço comum, tantas notícias tristes sairão do trânsito. A menos que todos nós pensamos em usar as rodovias devidamente, continuaremos ameaçados pelo seu uso indevido.
Se todos entrarmos nas estradas para fazer uma boa viagem e não para um encontro com o pânico, logo veremos nas estradas um caminho de prazer. Se todos nós entrarmos nas estradas dispostos a não arriscar a vida de nossas famílias e das famílias dos outros, as estradas serão menos povoadas por guerrilheiros.


Não  tem cabimento essa expansão sobre mortos e feridos no trânsito. A sociedade tem de cobrar providências, exigindo ações concretas.

 

Sader Calil

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