Publicado em 03/07/2007 11:08

Inhumense representa Brasil

O estudante Wemerson Charlley da Fonseca Fraga, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio...

O estudante Wemerson Charlley da Fonseca Fraga  (foto), 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual Manoel Vilaverde, venceu o concurso Minha Cidade é Meu Planeta, promovido  pelo Consulado Britânico em parceria com a revista Época. O Consulado atua em projetos de cultura, ciências e educação, de cunho internacional.

O concurso é destinado a jovens entre 16 a 18 anos e exige conhecimento da língua inglesa. Por meio de um texto e uma imagem com idéias tiradas na cidade onde vivem, os participantes têm a missão de mostrar possíveis soluções para o Aquecimento Global.

Com o texto Queimadas e biodiesel: preservação, uma redação com 300 palavras, Wemerson ganhou uma viagem a Londres, onde irá participar, de 10 a 12 de julho, do Fórum Internacional Estudantil Greening Cities. O fórum será realizado no Museu de História Natural. Wemerson, que embarca no dia 7 de julho, fica cinco dias na capital inglesa. Ele afirmou à reportagem que sempre procurou ler tudo sobre  meio ambiente. E, que, tomou conhecimento do concurso pela internet.

A redação vencedora do concurso:

Queimadas e Biodiesel: preservação ética


A queima de cana-de-açúcar para colheita, apesar de trazer muitos malefícios ao solo, a biosfera e a todo o planeta, devido à liberação de dióxido de carbono (CO2) principal gás de Efeito Estufa e, portanto, colaborador do Aquecimento Global, ainda é praticada nas plantações da cidade. Há queimadas em boa parte do ano, pois só é viável colher manualmente a cana quando suas folhas estão secas.

Para deixar de contribuir para o Aquecimento Global, a saída mais fácil seria basicamente a mecanização da colheita. Assim, além da usina evitar perdas de matéria-prima, aumentar a qualidade de seu produto e, conseqüentemente, sua rentabilidade, ajudaria o meio ambiente. Porém esse caminho não leva em consideração os desempregos que seriam gerados pela substituição dos colhedores pelas máquinas, o que causaria um considerável dano social. Portanto, pensar em uma solução que seja viável também à socidade, é mais difícil, entretanto, necessário e ético.

Bem, sabe-se que a monocultura da cana diminui a diversidade biológica e empobrece o solo, que ausente de nutrientes e sais minerais, com o tempo, se tonará improdutivo, inutilizável. Isso gerará prejuízos à empresa, pois a maioria das terras de cultivo pertence a ela.

Plantando-se cana-de-açúcar em uma safra, colhendo-a mecanicamente e depois deixando o solo descansar, lavrando, por exemplo, soja, cereal de fácil cultura, que enriquece o solo, possui bom valor comercial, não tem qualidade alterada pela sucessão cultural, além de ser matéria-prima para o biodiesel, seria a melhor saída.

Os trabalhadores então seriam remanejados para o serviço na lavoura e criar-se-iam vagas também na fabricação de biodiesel e de máquinas agrícolas, já que elas seriam mais procuradas. Assim, conscientemente e com muita ética, o meio ambiente seria favorecido em todo, combatendo-se as mudanças climáticas sem controle e o Aquecimento Global, nosso grande vilão.

Wemerson Charlley da Fonseca Fraga
Concurso Minha Cidade é Meu Planeta - 2007

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