Publicado em 11/09/2012 12:45

O tempo passa mas não voa

Existe uma teoria que atesta a menor duração dos dias.

De acordo com essa tese, a velocidade de rotação da Terra teria começado a aumentar em 1971 num processo acentudado sensivelmente em 1999. Os defensores dessa ideia asseguram que a aceleração também ocorria com as partículas atômicas, camuflando nossa percepção do fenômeno e impedindo que os relógios acusassem a menor duração dos dias. Por essa teoria, as 24 horas de um dia estariam resumidas a pouco mais de 13 horas. “Isso nem chega a ser uma teoria. Essa explicação está mais ligada a questões religiosas que científicas”, rebate o astrônomo Cláudio Sousa Martins, professor do Planetário da Universidade Federal de Goiás (UFG). “A rotação da Terra, de fato, não é regular todo o tempo. Mas essa variação é de fração de segundos”, garante.

Na opinião de Cláudio Sousa, a sensação de que o tempo anda mais curto deve-se a correria do dia-a-dia. “Não é o dia que está passando mais depressa. Nós é que estamos passando mais depressa pelo dia”, argumenta. Apenas eventos de força descomunal teriam o poder de alterar, assim mesmo de forma mínima, a rotação do planeta. Foi o que aconteceu com o terremoto de 9 pontos na escala Richter que causou ondas gigantes na Ásia. A força do tremor, correspondente a um milhão de bombas atômicas como a que explodiu em Hiroschima, foi capaz de encurtar o dia em três milionésimos de segundo.


MUDANÇAS NO MUNDO

Orlando Alves do Amaral, professor do Instituto de Física da UFG, também não dá crédito às teorias que asseguram que a Terra está girando mais rápida. Ele informa, que a física já provou que se uma pessoa viajar à velocidade da luz, o tempo para esse indivíduo passará mais devagar que o normal. Se alguém que tem um irmão gêmeo faz uma viagem interplanetária à velocidade próxima à da luz, na volta ele estará mais jovem que seu irmão que ficou “, explica Orlando. Ele afirma que os astronautas que pisaram na Lua retornaram a Terra alguns segundos mais jovens que o resto da população. Na visão do professor, a sensação de que o tempo está passando mais depressa deve-se ao ritmo acelerado das mudanças que o mundo vem experimentando. “Acho que essa percepção é maior para os mais velhos. Também não sei se essa impressão é nova”.

Notícia publicada no Jornal O Goianão ano 33, n. 483 página 4.

COMENTÁRIOS

Comentar usando as redes sociais

Caixa de comentários TUDOIN


Resposta ao Comentário (Cancelar)