Os 80 anos de dom Antônio
Realizaram-se em Orizona festividades em comemorações aos 80 anos da vida de dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Capacidade à parte do escritor José Mendonça Teles o Jornal Goianão estampa sua crônica Os oitentanos de dom Antônio, publicada no Jornal O Popular de 15 novembro. Afinal, o homenageado é radicado em Inhumas. O texto: "Numa iniciativa do Centro de Cultura da Região Centro-Oeste - Ceculco - e outras instituições, sob o comando da incansável dirigente cultural Sônia Ferreira, realizaram-se em Orizona, neste fim de semana, festividades em comemorações aos 80 anos da vida de dom Antônio Ribeiro de Oliveira, arcebispo emérito de Goiânia. Homenagem mais do que justa.
Filho de pais humildes, lavradores José Ribeiro de Oliveira e Luzia Marcelina de Castro, Tõe, como era conhecido na família, nasceu no antigo Campo Formoso, atual Orizona, no dia 10 de junho de 1926. Sua infância seguia a rotina dos meninos daquele tempo, acreditando em lobisomem, mula-sem-cabeça, saci-pererê e liberdade para tomar banho nos ribeirões, pescar, andar incerto pelas ruas e brincar nos enormes quintais da adolescência.
Filho obediente, disciplinado e carinhoso, não escondia para ninguém suas intenções de ser padre, daí sua participação constante na vida religiosa da cidade. Quando atingiu a idade de 10 anos, matriculou-se no Seminário Preparatório Jesus Adolescente, na cidade de Bonfim, atual Silvânia. Por essa época era bispo de Goiás Dom Emanuel Gomes de Oliveira, que, reconhecendo no jovem Antônio aptidão para a carreira eclesiástica, o recomendou ao seu irmão dom Helvécio, bispo de Mariana, Minas Gerais. Assim, sob orientação de dom Helvécio, Antônio cursou o Seminário Menor, ordenando-se padre no dia 2 de abril de 1949. Nesse mesmo ano, padre Antônio retorna a Goiás e se integra de vez no processo religioso/educacional do Estado, destacando-se como professor/fundador da Faculdade de Filosofia de Goiânia (hoje incorporada à Universidade Católica), reitor do Seminário Menor de Santa Cruz, em Silvânia, pároco em Orizona e vigário-geral da Arquidiocese de Goiânia.
Em 1961 é eleito bispo auxiliar de Goiânia, oportunidade em que presidiu o Conselho Estadual de Cultura, administrou as Dioceses da cidade de Goiás, Itumbiara e Ipameri (seu segundo bispo), até ser promovido a arcebispo de Goiânia em 1985, após a morte de dom Fernando Gomes dos Santos. Duas características marcam bem a personalidade de dom Antônio: uma, seu profundo amor pelos pobres, excluídos, sem-terras e sem-tetos, quando promoveu vigorosa e ousada ação pastoral levando aos oprimidos o pão de cada dia e o pão espiritual, além de instruí-los, mostrando-lhes os seus direitos de cidania; outra, a sua simplicidade, ou melhor, sua goianidade. Nunca, em momento algum, dom Antônio perdeu o seu jeito de goiano, simples na fala, no vestuário e nos gestos, um homem preso às raízes da terra, com o pensamento sempre em viagem para a sua amada Campo Formoso, de onde foi tão longe, sem, jamais sair dela. Amado e respeitado, enérgico e corajoso, dom Antônio Ribeiro de Oliveira nunca teve receio de aplicar o chicote para expulsar os vendilhões do templo de Deus, quando estão em jogo assuntos de Igreja, o desamor pelos pobres e o desrespeito à cidadania. Mas é capaz de ficar horas ouvindo e contando causos cujo cenário seja a terra goiana, como também é capaz de se silenciar em longo silêncio de meditação e oração. É quando conversa com Deus. Parabéns, dom Antônio!"
Filho de pais humildes, lavradores José Ribeiro de Oliveira e Luzia Marcelina de Castro, Tõe, como era conhecido na família, nasceu no antigo Campo Formoso, atual Orizona, no dia 10 de junho de 1926. Sua infância seguia a rotina dos meninos daquele tempo, acreditando em lobisomem, mula-sem-cabeça, saci-pererê e liberdade para tomar banho nos ribeirões, pescar, andar incerto pelas ruas e brincar nos enormes quintais da adolescência.
Filho obediente, disciplinado e carinhoso, não escondia para ninguém suas intenções de ser padre, daí sua participação constante na vida religiosa da cidade. Quando atingiu a idade de 10 anos, matriculou-se no Seminário Preparatório Jesus Adolescente, na cidade de Bonfim, atual Silvânia. Por essa época era bispo de Goiás Dom Emanuel Gomes de Oliveira, que, reconhecendo no jovem Antônio aptidão para a carreira eclesiástica, o recomendou ao seu irmão dom Helvécio, bispo de Mariana, Minas Gerais. Assim, sob orientação de dom Helvécio, Antônio cursou o Seminário Menor, ordenando-se padre no dia 2 de abril de 1949. Nesse mesmo ano, padre Antônio retorna a Goiás e se integra de vez no processo religioso/educacional do Estado, destacando-se como professor/fundador da Faculdade de Filosofia de Goiânia (hoje incorporada à Universidade Católica), reitor do Seminário Menor de Santa Cruz, em Silvânia, pároco em Orizona e vigário-geral da Arquidiocese de Goiânia.
Em 1961 é eleito bispo auxiliar de Goiânia, oportunidade em que presidiu o Conselho Estadual de Cultura, administrou as Dioceses da cidade de Goiás, Itumbiara e Ipameri (seu segundo bispo), até ser promovido a arcebispo de Goiânia em 1985, após a morte de dom Fernando Gomes dos Santos. Duas características marcam bem a personalidade de dom Antônio: uma, seu profundo amor pelos pobres, excluídos, sem-terras e sem-tetos, quando promoveu vigorosa e ousada ação pastoral levando aos oprimidos o pão de cada dia e o pão espiritual, além de instruí-los, mostrando-lhes os seus direitos de cidania; outra, a sua simplicidade, ou melhor, sua goianidade. Nunca, em momento algum, dom Antônio perdeu o seu jeito de goiano, simples na fala, no vestuário e nos gestos, um homem preso às raízes da terra, com o pensamento sempre em viagem para a sua amada Campo Formoso, de onde foi tão longe, sem, jamais sair dela. Amado e respeitado, enérgico e corajoso, dom Antônio Ribeiro de Oliveira nunca teve receio de aplicar o chicote para expulsar os vendilhões do templo de Deus, quando estão em jogo assuntos de Igreja, o desamor pelos pobres e o desrespeito à cidadania. Mas é capaz de ficar horas ouvindo e contando causos cujo cenário seja a terra goiana, como também é capaz de se silenciar em longo silêncio de meditação e oração. É quando conversa com Deus. Parabéns, dom Antônio!"
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