Publicado em 24/11/2008 10:59

Sobre a crise mundial

Falar sobre  o momento econômico atual é correr risco de errar ou acertar,  pois cada dia tem sido uma dinâmica diferente na economia mundial. O mercado financeiro se apresenta extremamente volátil com o sobe e desce diariamente da cotação do dólar, bolsas de valores e do fluxo de capitais.

Falar sobre  o momento econômico atual é correr risco de errar ou acertar,  pois cada dia tem sido uma dinâmica diferente na economia mundial. O mercado financeiro se apresenta extremamente volátil com o sobe e desce diariamente da cotação do dólar, bolsas de valores e do fluxo de capitais.

 

Mas o Brasil como  fica nessa salada toda? Veja bem, a crise já vem sendo anunciada desde julho do ano passado, quando estourou o problema nos Estados Unidos. Para explicar em rápidas palavras, o povo norte-americano comprou imóveis no país  dando como garantia o próprio imóvel na hipoteca, mas houve um aumento dos juros, em conseqüência aumentando os financiamentos, mas os imóveis não valorizaram.

 

Muitos financiaram mansões, venderam suas casas e investiram em outros bens, inclusive carros de luxo. Nada valorizou, e quando viram o tamanho do problema, todos resolveram vender suas propriedades e bens ao mesmo tempo, mas não acharam comprador.

 

Os bancos começaram a quebrar por causa da inadimplência, gerando desconfiança nosdepositantes. É  preferível guardar o pouco que se tem no colchão, era o pensamento. Essa crise somente veio afetar o Brasil com o impacto maior agora, porque o país tinha bastante reservas de caixa, e ainda tem, porém chega um momento que isso pode correr o risco de diminuir muito com as intervenções necessáirias que o banco central faz diariamente. Já estamos sentindo o efeito da crise que deve se prolongar até o primeiro semestre de 2009.

 

 
Os investimentos das empresas no Brasil pararam, o dinheiro que estava preparado para vir do exterior na forma de investimento em novos projetos também parou, assim a economia começa a reduzir sua velocidade. Os empréstimos ficam mais caros e restritivos, os novos empregos deixam de ser gerados, e os empregos atuais ficam ameaçados.

 

O governo demorou a agir?  a  resposta é sim. Estamos no melhor período do ano em vendas de produção industrial, porém sentindo já a dificuldade de obtenção do capital para financiar a produção, as compras de Natal e encarecimento dos produtos importados. O agravante da crise poderá ser sentido com maior intensidade somente no primeiro trimestre do próxumo ano. Então, o melhor a fazer é economizar  neste fim de ano, comprar somente o necessário, deixando o luxo de fora da cesta, e de preferência pagar à vista. O governo federal precisa com urgência desonerar o folha de pagamento das empresas, reduzir impostos sobre a produção e vendas,  para dar condições ao mercado de pleno funcionamento e redução da dependência do capital externo. Precisa também baixar o juros para o agricultor iniciar o plantio da safra e baixar os impostos incidentes sobre os insumos e fertilizantes, cujos preços penalizam a agricultura  há tempos. Tem que ser criado programa para salvar o setor produtivo e não o setor bancário. O setor bancário já é estruturado e com uma das mais altas rentabilidades do mundo. Precaução e ação são as palavras de ordem no momento.


Welington Rodrigues
Economista - (santoswelingtont)

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