Cada um ou uma que vai para a morada eterna, faz falta para a família, amigos, relacionamento profissional, colegas e outras pessoas, em razão da vida comunitária.

Sônia e Joiza não ficaram restritas a esses círculos. Foram além: Muitas das pessoas que, a partir da infância, passaram por suas mãos, sentem que aqueles ensinamentos didáticos e de compromisso de vida, estão contidos em seus cotidianos. Foram mãos severas e ao mesmo tempo responsáveis. Essas inúmeras pessoas sentem que aqueles ensinamentos os embalaram tanto para a vida pessoal, quanto para a existência profissional.

Quantas e quantos guardam no coração e na alma uma boa lembrança das duas amigas.

Mirian eu tivemos a felicidade de estarmos com ambas às margens do Araguaia, mais precisamente na casa da Juíza e irmãos, no ano de 2009. Lá estavam também Domingos e Esther. Foi a primeira vez que, de perto e com tempo suficiente, conheci a lucidez das almas gêmeas, principalmente Sônia. Da Joiza fomos vizinhos.

Quanta racionalidade; quanta fineza; quanta inteligência; quanto despojamento. Tudo mesclado à humildade e ampla visão de futuro.

Aqui ficamos os mais avançados na idade, os de média idade e os infantes. Para nós da mesma geração, a saudade doída. Para os de média idade, não só saudade, porque partiram duas senhoras de fé e o sal da coragem e resignação que ajudou a temperar o ambiente de nossa comunidade. Para os infantes, faltam duas mestras com as quais não poderão contar como outras crianças contaram.

O que ficou?

Exemplos e as sementes de sabedoria plantadas no terreno educacional de Inhumas e de boa parte do Estado. São paradigmas culturais, educacionais que devem ser seguidos. Não como papel carbono, mas sim como referência e luz que ilumina os cantos, quiçá, ainda escuros para alguns.

Adeus às duas.

Que as águas do Araguaia possam, em suas marolas, conversarem o dialeto da ausência de pessoas queridas e que a lua que nelas reflete, possa dar o recado celestial para as amigas de alma leve!

Irondes.