Publicado em 11/05/2010 13:43

Trabalho escravo em Inhumas

Polícia Civil prende empresário sob supeita de trabalho escravo em Inhumas

Por Elisabete Teles

Uma operação da Policia Civil de Inhumas prendeu na última quarta-feira,06, no Setor Nova Morada, um empresário de uma fábrica de farinha sob suspeita de manter trabalhadores em regime escravo. No empresa, foram encontradas nove pessoas (quatro mulheres, três homens e dois adolescentes, um de 14 anos e o outro com 16). A maioria residia no local.

A policia chegou ao caso, após receber uma denúncia anônima que, segundo  o delegado, Alexandre Otaviano Nogueira, foi primordial. Ele destacou que o lugar apresentava condições precárias e insalubres. "Alta temperatura, fumaça, água turva, esgoto a céu aberto, lixo, como papel sujo e garrafas", foram algumas dos detalhes descritos. 
 
De acordo com Alexandre Otaviano Nogueiram, os trabalhadores não tinham carteira de trabalho assinada, bem como exerciam uma jornada de trabalho de 12 horas por dia, inclusive, algumas vezes, chegavam a trabalhar até às duas da manhã. Não eram pagas horas extras e os mesmos recebiam semanalmente, sendo o pagamento condicionado a produção. O valor pago era de R$ 115,00 para os homens e R$ 40,00 às mulheres, conforme relataram à policia.

O empresário foi enquadrado no artigo 149, do Código Penal, que se refere "Redução a Condição Análoga à de Escravo". Ele poderá pegar de dois a oito anos de prisão, podendo a pena chegar a 12 anos, tendo em vista que haviam adolescentes no local. Os trabalhadores foram ouvidos e receberam o apoio do Serviço Social.

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